Uma missão do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) está em Cabo Verde para discutir com o Governo e todas as partes interessadas a implementação de projetos do Banco e a extensão do atual documento de estratégia do país (CSP) 2019-2024.

O objetivo deste exercício que decore de 14 a 18 de abril é manter um diálogo conjunto e abrangente sobre a Revisão do Desempenho do Portfólio do País com as autoridades e todas as partes interessadas em Cabo Verde, discutir o desempenho do Banco no país e tirar lições de intervenções anteriores em Cabo Verde.

No âmbito desta missão do BAD foi realizado hoje um Workshop da Revisão do Desempenho do Portfólio do País para discutir questões de implementação da carteira, que ajudarão a conceber uma nova matriz do Plano de Melhoria do Desempenho da Carteira do País (CPIP).

O Workshop foi presidido pelo Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, com o Chefe da Divisão de Implementação de Projetos do BAD, Bruno Boedts e contou com a participação de todas as unidades de implementação do projeto (PIU) e dos ministérios sectoriais.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) é um parceiro estratégico fundamental para Cabo Verde, com uma carteira de projetos significativa, especialmente nas áreas da economia digital e inovação, destacou o Ministro das Finanças, avançando que a colaboração entre o BAD e o Governo de Cabo Verde tem sido crucial para impulsionar iniciativas como o Parque Tecnológico, que visa transformar o país num centro regional de tecnologias de informação e comunicação.

Olavo Correia afirmou que estes projetos visam acelerar o crescimento económico, criar empregos qualificados e fomentar oportunidades para os jovens empreendedores cabo-verdianos, tendo indicado ainda cinco preocupações fundamentais:

1. Velocidade com Estratégia: Agilizar processos, combater burocracias e otimizar procedimentos para garantir a rápida execução dos projetos.
2. Escala: Concentrar recursos humanos, institucionais e financeiros para garantir impactos significativos, especialmente na geração de empregos.
3. Impacto: Focar na criação de empregos qualificados e bem remunerados, melhorando as condições de vida da população.
4. Transparência: Assegurar uma execução transparente dos projetos, permitindo um escrutínio eficaz e responsabilização dos envolvidos.
5. Abordagem Holística: Integrar diversos parceiros e setores do governo para uma implementação coordenada e eficaz dos programas.

Por sua vez, o Chefe da Divisão de Implementação de Projetos do BAD, afirmou que esta revisão permitirá ao Estado de Cabo Verde, aos órgãos de gestão dos projetos e à banca, examinar os problemas e desafios genéricos específicos, que impedem o cumprimento da carteira deste portfólio e encontrar soluções idóneas que permitam melhorar o seu desempenho, sendo importante para todas as partes interessadas, pois permitirá também fazer o ponto da situação de cada projeto em curso.

“Em segundo lugar, identificar as principais dificuldades que atrasam a boa execução dos projetos em causa. Em terceiro lugar, fazer o ponto da situação da melhoria da carteira em Cabo Verde e em quarto lugar, aproveitar as experiências de todos”, sustentou Bruno Boedts.

O portfólio do Banco Africano de Desenvolvimento em Cabo Verde vai continuar a melhorar, a aumentar, a crescer com projetos estruturantes para o desenvolvimento económico e social do país e a melhoria das condições de vida das populações, garantiu Bruno Boedts, esperando que esta revisão permita preparar um plano de melhoria do portfólio realista e também melhorar as informações às autoridades de Cabo Verde e do BAD para que se trate melhor destas questões.