O Vice Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças e do Fomento Empresarial, Olavo Correia, vai participar da 6ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre China e os países de Língua Portuguesa. O evento ocorrerá em Macau, nos dias 21 e 22 de abril.

O Vice Primeiro-Ministro liderará a delegação cabo-verdiana presente no evento. Ele expressou otimismo em relação à conferência e espera que ela traga resultados positivos. Olavo Correia mencionou que Cabo Verde possui projetos prontos para apresentar à China, incluindo alguns desenvolvidos pelo setor privado que estão em fase de conclusão.

Enfatizou que a abordagem da cooperação com a China não pode se limitar apenas a projetos, pois isso não resolverá os problemas enfrentados pela África e por Cabo Verde. Defendeu ainda que a cooperação com a China precisa ser transformadora, estruturante e focada no desenvolvimento. Deve-se buscar uma nova qualidade de cooperação, que vá além dos projetos pontuais.

Deste modo, o governante ressaltou que, mesmo que sejam projetos de grande escala, eles não serão capazes de resolver os problemas do continente africano nem de Cabo Verde. Portanto, queremos a China seja uma parceira para ajudar a enfrentar desafios urgentes, como acesso à energia, água, saneamento, habitação e educação. Além disso, ele destacou a importância de considerar a quarta revolução industrial, impulsionada pela tecnologia, na qual a China desempenha um papel importante e pode contribuir para o desenvolvimento do continente africano”.

Reforçando, o Vice Primeiro-Ministro diz estar confiante em como, o Fórum de Macau será um momento importante para se discutir as novas prioridades dessa cooperação. “Quase metade da população africana não tem acesso à energia, apesar de haver soluções, financiamento e necessidade. Portanto, no âmbito da cooperação com a China, podemos enfrentar esse desafio no continente africano”, realçou.

Olavo Correia também defendeu que essa cooperação deve beneficiar ambas as partes e não deve se limitar apenas a acordos comerciais que resultem em alto endividamento dos países africanos.

Cabe ressaltar que durante o evento desta semana será assinado o novo plano de ação do Fórum de Macau, que abrangerá o período até 2027.