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Setor Empresarial do Estado (SEE) acompanha tendência de recuperação económica, com melhoria significativa dos resultados operacional e líquido - Asset Display Page

Setor Empresarial do Estado (SEE) acompanha tendência de recuperação económica, com melhoria significativa dos resultados operacional e líquido

Informações,Comunicado de Imprensa Publicado em: 21-04-2022 10:12

A Unidade de Acompanhamento do Setor Empresarial do Estado (UASE), do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, publicou no dia 18 de abril, o Relatório de Desempenho do Setor Empresarial do Estado de Cabo Verde, referente ao 4º trimestre acumulado de 2021, em conformidade com a Portaria nº48/2021, de 15 de outubro, e, sobretudo, em linha com as boas práticas internacionais de governo do Setor Empresarial do Estado (SEE), e na salvaguarda do Estado enquanto entidade promotora da transparência e da divulgação de informação.

O relatório trimestral de execução orçamental das empresas do SEE é um importante instrumento de monitoramento que permite, por um lado, conhecer a real situação económica e financeira das empresas do SEE, por outro lado, possibilita a identificação precoce dos potenciais riscos associados à execução orçamental. 

Durante o 4º trimestre de 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde registou uma variação positiva de 13,2%, em relação ao período homólogo, traduzida pela contínua tendência de recuperação económica no país. As 33 empresas do SEE analisadas no relatório em apreço, globalmente, acompanharam esta tendência de recuperação económica, de forma gradual, embora ainda não atingindo os valores pré pandemia da Covid-19.

O 4º trimestre acumulado refletiu uma melhoria significativa da eficiência operacional, traduzida pela dinâmica positiva do resultado operacional (+31,6%) e do resultado líquido (+22,7%).

Globalmente, apesar da retoma sentida em finais de 2021, o desempenho das empresas do SEE continua sendo impactado pelos efeitos da pandemia da Covid-19. O volume de negócios teve uma dinâmica negativa, embora menos acentuada do que em 2020, registando um decréscimo de 14,7% (-27,3% em 2020).

Porém, as empresas ligadas ao setor dos transportes e logísticas, à exceção dos TACV, setor bastante afetado pela pandemia, registaram aumento nos seus volumes de negócios. A ASA cresceu 8,4% e a ENAPOR 7,0%. No sector de energia, o volume de negócios da ELECTRA registou dinâmica positiva de 22,4%.

A melhoria no volume de negócios deveu-se principalmente à retoma económica impulsionada pelo setor do turismo e à reabertura das unidades hoteleiras na ilha do Sal, em finais do ano 2021. O resultado líquido do SEE, pese embora tenha sido negativo, registou uma melhoria de 8,1% face ao período homólogo.

Até ao final do 4º trimestre de 2021, o total do ativo do SEE ascendia a 118 185 313 mECV, sendo 48 136 806 mECV em ativos corrente e 70 048 506 mECV em ativos não corrente. Salienta-se que, entre o 4º trimestre de 2020 e o 4º trimestre de 2021, os ativos do SEE decresceram 4,6%. Por seu lado, o passivo do SEE totalizava 104 781 901 mECV, representando 89% do balanço do SEE, representando 58,3% do PIB.

As seis maiores empresas do SEE, que contribuíram com cerca de 70% do volume de negócios e 66% da riqueza criada pelo SEE, com 51% do ativo e 59% do passivo do SEE, a saber: ASA, ELECTRA, EMPROFAC, ENAPOR, IFH e TACV, viram os seus volumes de negócios crescer 44,7% até finais do 4º trimestre de 2021, em comparação com o 3º trimestre de 2021, com impacto positivo de 45,7% da riqueza criada. Do mesmo modo, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dessas empresas passou de 778 milhões de ECV negativos para 141 milhões de ECV positivos, refletindo um crescimento relativo de 118,2%.

Quanto ao risco fiscal, calculado com base no SOE Health Check Tool do Fundo Monetário Internacional (FMI), evidencia que, no quadro da recuperação económica sentida, o nível de risco das empresas no 4º trimestre de 2021 apresentou uma dinâmica favorável, tendo quatro empresas saído da categoria de high risk. Destaca-se empresas como a ASA, a CABEÓLICA, a CVT e o CERMI que passaram high risk para moderate risk bem como, a FIC de very high risk para low risk e RTC de very high risk para high risk.

Para 2022, em conformidade com os Planos de Atividade e Orçamento (PAO) apresentados pelas seis maiores empresas, as perspetivas demonstram a continuação da retoma da atividade económica do SEE.

Todas as rúbricas do balanço e demonstração de resultados irão crescer, à exceção do capital próprio que irá decrescer, fruto dos resultados transitados de 2021 para 2022.

O resultado líquido das seis maiores empresas do SEE irá crescer 36%, fixando-se em -2 243 501 mECV, embora ainda negativo, será o melhor dos últimos anos. Para a ASA, EMPROFAC e ENAPOR perspetivam-se um resultado líquido acumulado de 639 787 mECV. Em sentido inverso, a ELECTRA, IFH e TACV terão um resultado líquido acumulado de -2 883 288 mECV.

Em termos de eficiência operacional, espera-se melhorias significativas, perspetivando-se um EBITDA de 2 211 697 mECV, para 2022, comparável com os 141 281 mECV registados até ao 4º trimestre de 2021 e 778 068 mECV negativos registados em 2020.

Da análise do risco esperado para 2022, verifica-se a manutenção do nível para ELECTRA e TACV (very high risk) e ENAPOR e IFH (high risk). Por outro lado, espera-se uma melhoria para a EMPROFAC de high risk para moderate risk devido à expetativa da melhoria dos rácios de rentabilidade (ROA e ROE), uma vez que se prevê que o resultado líquido volte a ser positivo. Relativamente à ASA, apesar da perspetiva de melhoria da maioria dos indicadores económico-financeiros, perspetiva-se o aumento do nível do risco global esperado, por conta da dinâmica do rácio de liquidez corrente que passa do nível de moderate risk para very high risk.

Pode aceder ao relatório na íntegra através deste link: 

https://mf.gov.cv/documents/20126/2581452/VFinal_Relatorio+de+Desempenho+do+SEE+de+CV+4%C2%BA+Trimestre+acumulado+2021_UASE.pdf/371d1ae2-9921-ffcb-d1b8-406581028493?t=1650304172838