Dada a importância e o impacto económico e social que o WS Resort pode ter no País, o projeto foi considerado de interesse excecional, desde 2013, através da Convenção de Estabelecimento publicada na Resolução N.º 6/2013, de 28 de janeiro.

Considerando, contudo, que o projeto se encontra parado há cerca de 5 anos, com cerca de 40% de obra já realizada, tendo sofrido também e de forma dolorosa as consequências da pandemia da Covid 19 e estando a enfrentar hoje as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Governo e os promotores do projeto pretendem chegar a um entendimento – através de um Memorandum -  com vista a promover a conclusão das obras do resort WS e, por essa via, cancelar o processo de reversão e proteger os legítimos interesses daqueles que compraram os imóveis no resort ou investiram no projeto e salvaguardar a  reputação do destino Cabo Verde e Boa Vista, um  ativo que deve merecer toda a nossa proteção.

Esta decisão se enquadra, também, no âmbito das iniciativas do Governo tendentes a acelerar a retoma do turismo e da atividade económica na ilha da boa Vista, uma ilha tão fustigada pelas consequências da pandemia da covid 19 e pelas múltiplas crises.

O principal propósito do referido memorando é criar a condições para finalizar a execução do Resort White Sands.

O Governo de Cabo Verde, considerando o interesse nacional e o impacto do projeto na criação de emprego e na valorização do destino, pretende apoiar o projeto, no quadro dos instrumentos financeiros e de garantias promovidos pelo ecossistema de financiamento e, também, das linhas de financiamento aportadas pelas instituições financeiras e bancos de desenvolvimento internacionais, no acesso ao financiamento tendente à conclusão do empreendimento WS Resort.

Importa ser destacado que antes de qualquer decisão sobre qualquer acordo mais especifico e como ficou explicitamente definido é preciso avançar-se para:

 1. a criação de uma SPV  - a Special Purpose Vehicle - , garantindo a sua melhor governança, à luz das melhores práticas;

 2. a realização de uma DD - Due Diligence, para sabermos qual o estado atual do projeto nas suas mais variadas dimensões;

 3. a elaboração de um estudo de viabilidade económica e financeira.

Os estudos e a DD devem ser realizados por uma das BIG 5 de Auditoria e consultadoria Internacional.

Só depois de avaliadas, rigorosamente, essas informações é o que o Estado estará em condições de tomar qualquer decisão adicional e definitiva.