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FMI destaca desempenho positivo do Governo na implementação da agenda de reformas

Informações,Economia Publicado em: 17-12-2019 16:56

O Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu a sua última missão do ano de 2019 a Cabo Verde, destacando, positivamente, caminho que o atual Governo tem percorrido, particularmente na execução da agenda de reformas.

“A nossa avaliação é de que a implementação do programa de reformas tem sido muito forte. Todas as reformas acordadas com as autoridades nacionais para serem implementadas este ano, foram atingidas. De referir que as metas quantitativas foram atingidas, com exceção das receitas fiscais que ficaram aquém do projetado, porque as importações aumentaram e ficaram aquém do previsto”, disse a chefe da Missão, Kabediy Mbuyi Malangu.

Por outro lado, o FMI registou que o ritmo de crescimento económico é positivo. Antes, a previsão era de 5%, agora o FMI projeta o crescimento do PIB em 2019 para 5.2%. Uma projeção muito positiva e que reforça a confiança na economia cabo-verdiana.

No que se refere à inflação, a Missão do Fundo registou que continua baixa. O quadro monetário é bom e deve ser mantido. “O setor financeiro cabo-verdiano está sólido. A qualidade dos ativos continua a sofrer com os créditos malparados, em grande parte devido a créditos ligados à crise financeira internacional de há mais de 10 anos”, disse a Kabediy Mbuyi Malangu.

“Partiremos da cidade da Praia com a sensação de que os últimos progressos são positivos. As autoridades continuam comprometidas em enfrentar os desafios. Achamos que as metas continuam reorientadas para não só promover o crescimento, mas também para a consolidação das PMEs. Portanto são desenvolvimentos muito importantes na nossa perspetiva “, concluiu a mesma fonte.

Por sua vez, o Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, reagiu à avaliação da FMI dizendo que “nos encoraja a prosseguir o caminho que estamos a seguir”.

Por outro lado, Olavo Correia apontou que, não obstante as boas avaliações, o Governo está cinete dos vários desafios pela frente. Um deles, apontou, é continuar a aumentar as receitas domésticas. “Como temos reafirmado, não podemos financiar o Orçamento do Estado, para os próximos anos, com recurso ao endividamento e à ajuda pública. Tem de ser com base nas receitas endógenas. Portanto, a regra é simples: todos têm de pagar para que cada um pague menos”, explicou.

No que se refere à agenda de reformas, Olavo Correia disse que se está a acelerar a agenda de reformas, nos mais diversos domínios, porque “é pela via da reforma nos transportes aéreos, dos transportes marítimos, setor tecnológico, digital, mas também a melhoria do ambiente de negócios, formação dos recursos humanos, é que nós conseguiremos aumentar o potencial de crescimento da nossa economia”.

Olavo Correia destacou ainda a melhoria que se regista ao nível do acesso ao financiamento à economia. “Só este ano vamos dar cerca de um milhão de contos de financiamento ao abrigo do ecossistema. Nós pensamos que é preciso e é necessário continuarmos a captar o investimento direto estrangeiro. Mas é igualmente essencial que consigamos ter em Cabo Verde uma classe empresarial endógena forte, competitiva, bem governada e que seja capaz de criar oportunidades de emprego para os jovens cabo-verdianos em todas as ilhas de Cabo Verde”.

De referir que esta missão do FMI, que iniciou no dia 3 do corrente mês e terminou nesta segunda-feira, 16, e teve como objetivo principal avaliar a implementação do Instrumento de Coordenação de Políticas - PCI, que também tem decorrido de forma bastante positiva, conforme concluíram.