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COVID-19: GAO analisa respostas do país aos impactos socioeconómicos da pandemia

Informações,Economia Publicado em: 30-06-2020 10:02

Abertura da primeira Missão do Grupo de Apoio Orçamental – GAO do ano em curso, sob a coordenação e liderança de Luxemburgo, na pessoa de sua Encarregada de Negócios em Cabo Verde, Sra. Angèle da Cruz.

Esta missão, de dois dias, acontece contexto especial, tendo em conta a situação de crise provocada pela pandemia. Neste sentido, consta como ponto principal da agenda do GAO análise das respostas do país face ao impacto socioeconómico da COVID-19. Concretamente, o Grupo de Ajuda Orçamental vai manter encontros com autoridades nacionais para conhecer melhor a medidas levadas a cabo no domínio da saúde, da economia e social, por forma a se perceber o plano pós-pandemia.

O Grupo de Apoio Orçamental vai avaliar a gestão financeira e supervisão do financiamento COVID, concretamente os programas sectoriais negociados com os parceiros e fazer o acompanhamento das ações em curso; a estabilidade macroeconómica e Dívida Pública face ao COVID; e impacto da pandemia nas empresas públicas.

O Vice Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, na sessão de abertura desta missão de avaliação do GAO, para além de agradecer toda ajuda que o Grupo vem dando a Cabo Verde, ao longo do tempo, destacou todo “apoio imediato, oportuno, célere, sem qualquer tipo de burocracia” que todos os parceiros ao nível do GAO têm prestado ao país “neste momento de maior aflição”.

“No final de 2019, com o suporte de todos os nossos parceiros, nomeadamente ao nível do Grupo de Apoio Orçamental, o quadro era muito positivo em Cabo Verde: taxa de crescimento à volta dos 6%; trajetória de redução da dívida pública, em percentagem do PIB - passando de 130% do PIB para cerca 120%; trajetória de redução acelerada da taxa do desemprego, que estava a caminhar para um dígito, e, particularmente, o desemprego jovem tinha reduzido para a metade; e um quadro de forte confiança na nossa economia, num processo de crescimento contínuo”, referiu o Governante.

Olavo Cia considerou que o país tem enormes desafios e a vencer nos próximos dois a três anos, “tempo que se prevê como sendo necessário para uma reestruturação e uma recuperação das nossas economias”.

Face aos desafios do futuro, “num quadro que é imprevisível quer em Cabo Verde, quer à escala do Mundo”, disse que Cabo Verde ter de ser muito prudente na gestão desta pandemia, e nesta empreitada, “queremos poder continuar a contar com o apoio dos nossos parceiros nesta nova fase de recuperação económica e social e de retoma da atividade económica”.

Da parte do Governo de Cabo Verde, os parceiros podem contar “com sentido de responsabilidade, quer do plano biológico, como do plano económico-social, em tudo fazer para protegermos aos mais carenciados, protegermos o emprego, provermos a inclusão social e garantirmos medidas equilibradas para termos uma retoma económica o mais sedo possível”, garantiu o Vice Primeiro-Ministro.

Inauguração do escritório do Banco Mundial em Cabo Verde, no edifício das Nações Unidas, em Achada de Santo António, na cidade da Praia.

Trata-se da demonstração de apreço, mas também um símbolo da confiança – em Cabo Verde, nas nossas instituições e, particularmente, no futuro do nosso país.

A sua missão veio, certamente, reforçar a importante carteira de projeto com o Banco Mundial. São mais de 100 milhões de dólares americanos e este pacote está em crescimento.

De frisar que Cabo Verde tem uma boa performance ao nível dos projetos e temos espaços para melhorar. Estamos todos comprometidos e a trabalhar de modo a que os resultados apareçam, em tempo útil para as pessoas, para as ilhas e para as nossas instituições.

A decisão de ter em Cabo Verde, um representante permanente do Banco Mundial para dialogar com as instituições cabo-verdianas, vai acelerar as respostas, vai permitir que aprimoremos e aprofundemos as nossas interações. Isto é extremamente importante para aquilo que queremos construir no nosso país.

O Governo de Cabo Verde está muito satisfeito com esta decisão do Banco Mundial e tudo fará para que represente um salto qualitativo no relacionamento com o nosso país.

Sobretudo, que os resultados para as nossas populações apareçam de forma célere para que possamos, entre outros, reduzir o desemprego, as assimetrias regionais e, com isso, construir um Cabo Verde melhor para todos.