O Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, através da Direção Nacional de Política Externa, o Ministério das Finanças, através da Direção Nacional do Planeamento e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua apresentaram hoje, 23 de fevereiro de 2022, o Relatório Final da Avaliação do Impacto de Infraestruturas em Cabo Verde financiadas por Linhas de Credito de Portugal.

O Secretario de Estado das Finanças, Alcindo Mota, considerou a avaliação do Impacto de Infraestruturas em Cabo Verde como um ato de transparência, que facilita o controle social e político e por esta via aumenta a credibilidade de Cabo Verde e dos seus parceiros.

“A avaliação elucida os poderes públicos sobre o impacto na melhoria das condições de vida das famílias, mas também sobre as boas práticas a capitalizar e o que deve ser corrigido ou melhorado, como no referente às barragens de Canto Cagarra e de Saquinho para melhor exploração do respetivo potencial”, acrescentou.

De realçar que esta apresentação é resultado do exercício de Avaliação Externa sobre os efeitos e impactos da construção/modernização de um conjunto de cinco infraestruturas em Cabo Verde, realizadas no âmbito das relações de cooperação entre a República de Cabo Verde e a República Portuguesa. O exercício deu-se início em novembro de 2020 e todas as infraestruturas foram financiadas por Linhas de Crédito do Governo da República Portuguesa no período de 2008 a 2017, a saber: as Barragens da Figueira Gorda e Saquinho na Ilha de Santiago, a Central Fotovoltaica na Ilha do Sal e a Modernização e Expansão dos Portos da Praia e do Porto Novo.

Neste sentido a Diretora Nacional de Politica Externa, Embaixadora Tânia Romualdo assegurou que este exercício se reveste de grande importância e utilidade visto que permite avaliar o impacto dos projetos implementados no quadro da cooperação. Por outro lado, disponibiliza informações técnicas que permitem aprimorar os próprios mecanismos de implementação e introduzir ajustes e melhorias aquando do processo de negociação do novo PEC 2022-2026 a que já demos início.

Por seu turno o Director Nacional do Planeamento, Gilson Pina, afirmou que os projetos representam “grandes marcas” de transformação e que ditaram outras dinâmicas para os portos da Praia e do Porto Novo, na agricultura e na energia.

O mesmo afirmou que, esta avaliação mostra que mais do que rentabilizar os investimentos é preciso focar nos investimentos futuros que o País vai ter com o Governo português.