As instituições de microfinanças passam a partir de janeiro do próximo ano a estar inscritas e a prestar contas ao Banco de Cabo Verde (BCV), por força do Novo Regimento Jurídico das Actividades de Microfinanças.

Trata-se de um importante passo e que segundo enfatizou o Secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, vai colocar Cabo Verde, no domínio das microfinanças, ao nível das melhores práticas internacionais e ainda permitir uma informação mais detalhada sobre todo o Sistema Financeiro- consequentemente, entre outros, um melhor entrosamento com a banca tradicional, realçou.

O Secretário de Estado sublinhou a importância das microfinanças para o processo de criação de emprego e geração de rendimentos, principalmente para as camadas mais desfavorecidas. Pelo que realçou que o Governo tem fomentado o desenvolvimento das microfinanças por forma a aumentar o acesso ao serviço financeiro inclusivo. Mais: garantiu que o Executivo tem centrado as suas ações no reforço à mobilização de recursos para as instituições de microfinanças junto dos parceiros de desenvolvimento e tem privilegiado o desenvolvimento da capacidade institucional destes organismos.

Gilberto Barros fez estas declarações enquanto presidia a sessão de abertura da VI Semana Nacional de Microfinanças, que decorre de 26 a 30, na Cidade da Praia, sob o lema “Juntos pela transformação e profissionalização das instituições de microfinanças de Cabo Verde”.

Enfatizou que esta semana do empreendedorismo será igualmente uma oportunidade para discutir a questão da inserção das microfinancas no sistema formal e na supervisão bancária do BCV. Apelou ainda à elaboração de um plano de ação quanto às formações e os ajustes necessários em termos de desenvolvimento de capacidade “para que de facto haja cumprimento das normas do BCV – fulcral, num país com ambições de ser uma plataforma financeira”, disse em jeito de conclusão.